domingo, 6 de maio de 2012

Europa: fim (?)




Um belo dia você acorda observa o seu redor e percebe que já não é mais o mesmo.
Suas roupas de menino já não cabem mais, suas letras já não são mais as mesmas, o seu carisma, sua graça e sua leveza no agir já não são o de antes.
A partir daí, você nota que seus passos já não são mais pequeninos e rápidos, seu corpo passa por uma mutação sem controle, e seus pensamentos surgem como a velocidade da luz.
Todas as bagagens de experiências que ocorrem durante toda sua vida te torna um ser mais evoluído, seus desejos tornam-se alicerces de suas realizações, seu planejamento passa por esquemas altamente calculados e suas dores provavelmente são bem maiores e mais difíceis de passar.
Hoje, olho pra trás e ainda consigo ver aquele menino, magrelo, serelepe que tenta significar as pessoas, coisas e lugares, de acordo com seu olhar meigo, muitas vezes gentil e fantasioso; proporcional ao seu mundinho perfeito e intocável, onde as flores são mais belas, o ar é mais puro, as pessoas são mais agradáveis e sua única preocupação e responsabilidade é em escolher as cores das paredes do castelo em preto em branco, desenhado num papel qualquer numa de suas aulas de artes durante sua alfabetização.
Pode parecer estranho, mas tudo nessa vida tem um significado real para acontecer. Esse pequenino garoto que fui um dia, teve um motivo especial para vir à existência, pois ninguém mais no mundo saberia pintar o castelo com as cores que o mesmo utilizou.
Hoje, fico feliz em saber que existe uma sociedade que me respeita por escolher as cores que eu quero pintar a minha vida, sem sofrer nenhum tipo de censura ou discriminação.
É lá que a partir do dia que eu voltar, e para todo sempre amém, eu quero viver, me relacionar e evoluir como nunca.
Foi nessa terra que eu voltei a me sentir livre pra fazer tudo que eu sempre tive vontade de fazer.


Muito obrigado, Europa.


Voltarei em breve.

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